sábado, 31 de julho de 2010

Todo tédio que há em mim,

Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz, nem todo pedaço de pedra se parece com tijolo ou com pedra de giz.
Avião parece passarinho que não sabe bater asa, passarinho voando longe parece borboleta que fugiu de casa.
Borboleta parece flor que o vento tirou pra dançar, flor parece a gente pois somos semente do que ainda virá
A gente parece formiga, lá de cima do avião.
O céu parece um chão de areia, parece descanso pra minha oração.
A nuvem parece fumaça, tem gente que acha que ela é algodão, algodão as vezes é doce, mais as vezes não é doce não.
Sonho parece verdade, quando a gente esquece de acordar.
[O Teatro Mágico]
Se existe um grupo que realmente sou fã e que me inspira é justamente O Teatro Mágico (mágico mesmo!), mas não quero falar sobre isso.
Diante dos trocadilhos, que eles fazem questão de ter em cada música, acho-me neles. Talvez por serem verdades escondidas, metáforas que levamos um tempinho, até atingir o discernimento.
Ai, ai, o poema de hoje esqueceu de chegar, a inspiração também não veio, hoje possuo apenas algumas palavras e até elas insistem em não sair de mim, eu peço, imploro, mas meu pensamento não para, dai, quando acho que estou pronta para escrever vem mais pensamento e esqueo que estava pensando.
Os meus passos de hoje quero que sejam reduzidos, quero me limitar a uma boa música, um belo livro e claro, um aconchego bem quentinho.
Talvez a minha fé tenha apagado minha memória.
Nossa, estou apelando para que os dias passem rápido e volte a minha rotina que eu dizia ser um saco (desculpa o termo!). Pois é, sinto falta dos afazeres mais complicados, dos pensamentos da aula de filosofia, dos desenhos enigmáticos surgidos de uma mente nem tão criativa. Até dos afetos e abraços matinais tenho sentido falta. Ah, isso tem me consumido, mas sei que já já chega o fim.
Quero festa, quero doce, quero bala, algodão doce também, quem sabe até pipoca, mas ao mesmo tempo quero ficar quietinha, em excursão interna.
Chega de palavras, vai mente... Continue a funcionar!
                                                       [Camila Duarte]

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Distância, Ausência

Conseguimos interpretrar a ausência como distância, a denominamos como fim, como separação, como um ponto.
Mas, se a cada distância ausência vemos como um ponto, três ausências consecutivas fazem uma reticência.
Há quem diga que distância ausência aumenta a saudade, chega para manter um equilíbrio, quando existem vários encontros, ainda, que ela te leva a uma reflexão sobre si e sobre o (a) ausente. Dizem também que é necessária, que o ser humano não consegue viver o tempo todo 'grudado' com outros semelhantes, isso chega a sufocá-lo. Ainda existem aqueles que admitem gostar da distância ausência, mesmo lhe fazendo mal.
Para mim, a distancia ausência, soa como algo doloroso, como despedida, como algo infame que insisti em separar os semelhantes,porém, nada é melhor que o reencontro, após a distância ausência.Os abraços acolhem o corpo, mas precisamente a alma. As conversas chegam a tomar o percurso de vários dias, a distância ausência até parece nunca ter existido.
A divisão que existia passa a ser uma soma tão exata que apenas nós encontramos a resposta, sem justificativa alguma.
A única divisão existente é do amor, dos carinhos, dos beijos, das conversas, dos prazeres.
É, a distância ausência acabou, agora estamos bem, mas chego  a concordar que realmente precisávamos disso, por menor ou maior que tenha sido o tempo.
Sinto que as borboletas absorveram uma nova cor, o céu se tornou bem mais azul que o normal, as músicas encantam e me levam a dançar, sorrisos que custam a entender sempre estão presente no meu rosto.
Ah, como é bom amar, não sei se por hoje, por ontem ou por amanhã, talvez por toda eternidade e além dela.
E que a distância ausência não exista entre nós.

[Camila Duarte]

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Mudança

Sobre as caixas, peço que fiquem no mesmo lugar, preenchidas com o que sempre foram. Mas, cuidado, existem umas frágeis.
Sobre os sentimentos, peço que conservemos os bons, desprezemos os desnecessários.
Quanto ao caminhar de mãos dadas, isso com o tempo virá.
Espero também, que me lembre de guardar as sinceras palavras, elas merecem uma caixa especial. Merecem o meu afago matinal.
Também, quanto as lembranças, deixe aqui, deixe que fique conosco, que nos acompanhe, sei que ficarão quietas.
Quanto aos caminhos curvos, tenta voltar a uma única reta.
Que se faça como dissemos, um passo a cada manhã, que seja feita a nossa vontade.
Que o pôr-do-sol, clame por um novo amanhecer, para recomeçarmos.
Que a busca seja concluída e a dádiva encontrada.
Não esqueça de trazer consigo o complemento para que isso der certo.
Durante a manhã, acho que te acordo, talvez prepare nosso café e te banhe de beijos.
À tarde, a praça nos espera, um sorvete para nos melarmos, na tentativa de saciar a saudade de horas atrás.
Pela noite nos encontraremos, nos olharemos como um novo alguém penetrando nossa alma, os olhares ficaram parados por um instante e um caminhar lento iluminado pela lua renovará nossos votos.
Quanto aos dias, eles serão nossos conselheiros, mas se conselho fosse bom... Existiria um livro para todos eles, afinal, são sempre os mesmo, já percebeu?
Traga também as músicas, sim, aquelas que te ofertei quando escutamos juntos.
Os sorrisos, ah, os sorrisos! Lembraremos de um por um, tempo não nos faltará, comentários também não.
Quanto as lágrimas? Hã, as lágrimas? Que lágrimas?
Se falas de aprendizado, esses deixe que eu levo, são frágeis e não devem ser doados a qualquer um, muito menos perdido por esse mundo a fora. Não que eu não confie, porém, prefiro sobre minha vista.
Mas se falas de lágrimas, que essas sejam de emoção, de intensidade, de falta de controle, de alegria.
Ah, claro, traz a alegria também, precisaremos, para embelezar nossas manhãs.
Existem coisas que não preciso te pedi, preciso?
Se precisar me avisa, que te digo.
Quanto ao fim, esse devo deixar que o tempo determine, se é que existe.
Quanto a mim, apenas me abraça, sente meu coração bombear, e me aperta tal como uma despidida.



[Camila Duarte]

terça-feira, 27 de julho de 2010

Me deixa falar...

Deixe- me dizer os versos que te fiz,
São mais doces que o suor que escorre de nós em um momento de amor.
Deixe-me mostrar o quão belo é o sentimento que existe aqui, comigo, para te dar,
Mais belo que raros veludos,
Que pedras requintadas,
Que o próprio ouro sendo refinado...
Arde aqui,
Quando você está longe, grito para que voltes e me ofereça teu abraço como recompensa para meu sofrimento...

Amo-te tanto!
Tanto que nem sei tal dimensão, com início, com meio e sem fim...
Conheço tão pouco de ti,
Conheço teus desejos sem que você me mostre quais são.
Conheço tuas vontades sem ao menos te olhar,
Trago aqui, sentimentos sinceros,
Trago a mim como oferenda a uma história que nunca terá fim.

[Camila Duarte]

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sobre o amor

Tá, eu conheço o amor, eu sei de suas falhas, eu conheço o início de seu percurso.
O amor, sabe que o conheço e faz questão de se apresentar como um desconhecido. Está tão presente e ao mesmo tempo tão seleto.
"O amor é filme, eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama, eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica da felicidade, da dúvida, dor de barriga
é drama, aventura, mentira, comédia romântica."
Quando nossos fanstamas são abolidos, nossos medos preenchidos, nosso episódio vivido, nossa ilusão destruída, resta-se apenas o amar. Como ato ou simbolismo, como parte ou todo, como arte ou rabisco, como linhas ou curvas, com altos e baixos.
Qual seria sua mais bela forma, maria?
-Ah, acho que queria que o amor fosse um balão, cheio de ar, colorido como só ele consegue ser, levando alegria por onde passa, para que os amante o desejem ao menos para observá-lo. Mesmo voando, torna-se frágil, nada que exija tanta força ele consegue vencer, simplesmente estoura e quando estoura, ah...
somente um novo balão para compensar.
Mas não seria muito atrevimento seu definir o amor, Maria?
Sim, claro, perdoi-me pela minha postura, pensando bem...
Não exite uma forma, uma cor ou uma definição, existe o amor, puro, tão belo quanto o campo cheio de flores, tão cheiroso quanto o café da minha mãe, tão simples quanto o sapateiro acaricia seus trabalhos.
Tá, eu sei que é amor. Não entendo a melodia, não sei se é sinfonia ou maracatu, se é rosa ou azul, se é doce ou mais doce.
Mas eu sei que é amor...
Toca no meu peito, sentiu? Por que bate assim tão acelerado?
Por que minhas mão ficam geladas pelo simples fato de pensar na pessoa amada, por que mesmo doendo o amor grita aqui dentro.
Eu sei que um dia irei me apaixonar, uma nova paixão surgirá  como todas as vezes irei jurar : Juro que será a última, depois dessa... Nunca mais!
Mas eu sei que o primeiro amor a gente nunca esquece, eu sei que um amor a gente não esquece, eu sei que o primeiro a gente não esquece, eu sei que não esquece.
O que dói mesmo é ter que transformar o amor em lembranças, deixar ele lá, quietinho até cicatrizar e um novo amor curar.
Talvez eu consiga lembrar sem chorar.
[Camila Duarte]

Amor perdido, mas sempre lembrado. [Lia]

Por cima da rima


E tudo eram flores, em todos os amores, amores com dores ora sim, ora não. Mesmo longe toquei sua mão, distante do corpo e perto do coração. Distante, não se espante. Tudo tem preço e começo, tem peso e tem leito. Tem canção, tem junção, dentre músicas um refrão. Tudo pede um clima, o progresso, PRA CIMA, às vezes uma doutrina, às vezes doença. Doença que cansa e desgasta, ora cuida e ora mata. Bom de quem cuida, bom de quem cura. Ruim de quem chora, ruim de quem vai embora. Viver a vida agora, a vida como um qualquer mero, a vida como quero, que prospero. Assim tem que ficar, viver e prosperar, ser feliz e acordar. Abrir os braços e agradecer pelo cedido espaço, pelo que me lembra você, pelo amanhecer, pela canção, pela solidão. Maldita solidão, AH aquela canção, AH aquela tarde, uma bela visão de uma mente a margem. O amor não se ver, enquanto belo é um encanto e enquanto não, dói pra valer. Coração ta se descontrolando, a mente continua pensando. Coração anseia o último capítulo, para só então libertar o sorriso, queimar o corpo de paixão, cantando numa só voz a emoção. Emoção por início de um laço, obtido em um forte e gostoso abraço, no hoje e no amanhã, no bonito e no infinito. E que no final não reine o mal, para que esse louco não seja tolo, e esse tolo acabe morto. Que reine a paz, ai que falta seu amor me faz.

[Rafael Sales]

domingo, 25 de julho de 2010

Para viver um grande amor,

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.

Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.

Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.

Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.

É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...

Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhasgostosa farofinha, para o seu grande amor?

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.

É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.

Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor... para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e

[Vinicius de Moraes]

sábado, 24 de julho de 2010

Desabafo

Entre um silêncio e outro, uma lágrima fica presa nos grilhões de um pensamento levado a felicidade.
Que amor, onde estavas que apenas eu achei?
A reza constante é um pedido crucial: leva para longe quem um dia desejei está bem perto. E assim acontece, como o vento suave tocando meu corpo, se vai. Vai, não deixes as pegadas para que não te sigas.
Houve mentira, houve dor, houve lágrima, houve silêncio e melancolia.
Houve sorriso, houve uma paixão entorpecedora, houve afago, deram-se as mãos e acolheram-se em abraços.
Fiz do amor minha companhia matinal, era ele quem me acordava e me chamava a um novo amanhecer.Com ele, compartilhei os delicados orvalhos depositados em minha janela, ao som de um leve um piano delirei até atingir o mais puro acordar. Refiz uma estrada destruída por alguns, que ao passar deixaram a estrada desgastada e sem possibilidae de acesso.
Ao léo, como se nada tivesse acontecido, como se jamais tivesse existido, o amor se foi.
Foi embora, para longe, talvez o encontre em uma casa abandonada meio a um pântano escuro e sombrio, com suas cores a iluminar o lugar.
És tão belo amor, tuas cores me encantam, quando apenas recito teu nome, são gerados arrepios, um gelo me toma, meu ser canta e vibra ao lembrar que ainda existes.
Para quê tanta formalidade?
Se conheço o amor, ele se apresentou de forma simples, pegou minhas mãos, convidou-me a voar, sobrevoamos tudo que havia sobre a terra, me falou palavras tão puras e na inocência de uma criança, acreditei. E por que não haveria de acreditar, se até comigo soube voar?
Ao som de uma sinfonia, nos deliciamos em uma dança, nossos corpos abraçados, tão colados quanto o mar e o horizonte, nos fizeram enxergar quão doce era amar.
Ah, amor, quantos suspiros irás me arrancar?
Tens cheiro de flores, toque de algodão, abraço cuidadoso e olhar, que olhar...
Ele sim me faz delirar, consigo decifrar cada parte dele e até teu pensamento alcançar.
Faça-se assim, reapresente-se a mim.


[Camila Duarte]

18 anos

Uma semente planatada, germinou.
Uma flor cultivada, brotou.
Um broto de orvalho conservou.
E o seu desabrochar encantou.
Numa bela flor se transformou e sua fragância deleitou.
Como raios de sol, eu olhar encantado meu coração iluminou.
Como vento que leva, teu cabelo dourado, saudade deixou.

Que saudade daquela doce menina que na inocência de seus poucos anos se abrigava em meu colo querendo retardadar as palmadas por mais um trela sua, que participava de todas as minhas farras domingueiras, era minha cúmplice em qualquer situação.
Que saudade da menina, que em poucos anos de vida criava seus desenhos com figuras surgidas de uma mente tão criativa e fértil.
Quão doce era o tempo, como passou rápido.
Que saudade daquela menina de cabelos dourados, de simpatia inigualável, da loura menina que encantava a todos com seu sorriso e rosto de boneca.
Hoje, reconheço o quanto o tempo insisti em passar voando, e sem o poder de retroceder.
Te vejo crescer, minha pequena, adquirir experiência e defesas próprias, te vejo começar a andar para um futuro tão desejado por você desde muitos anos.
O que posso te desejar é que cada sonho seja realizado, que sejas grande, que sejas forte, sei que és, mas necessitarás de mais com o avançar do tempo.
Talvez a menina esteja indo embora, mas não deixes, conserve ela dentro de você.
Se apenas uma palavra definisse seus 18 anos de vida, essa seria SUPERAÇÃO, sabes do que falo, hoje se tornas um exemplo, és uma fortaleza para muitos, seu valor não tem limite, és literalmente uma flor que nasceu para perfumar meu lar.
Autoria : CDO

Parabéns para você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida.
Dezoito anos, que alegria.
Quando eu fizer dezoito anos eu vou...
Nossa! essa sim foi uma das frases mais ditas por mim, tantos planos, tantas tentativas de fuga, tantos desejos mirabolantes, tantas razões para desejar certas coisas, quantos sonhos...
Tão pouco diante do que ainda virá, tão pequena diante de tantos amadurecimentos futuros.
A menina está aqui, conservo ela aqui, teimo em escondê-la, mas ela grita através dos meus olhos e atos.
Mas vamos ao que interessa, como todo discurso pronto de aniversariante : agradeço a minha mãe, ao meu pai (que mesmo ausente para sempre, sei que desejaria minha felicidade), aos meus avós, ao meu irmão, aos meus amigos de verdade e de mentira, aqueles estão comigo e os que não podem está, a todos que passaram na minha vida e contribuiram direta ou indiretamente para que eu me tornasse o que sou hoje.
Sei que ainda existem inúmeros degraus a serem percorridos e paredes a serem derrubadas, mas sei que chego onde quero.
A sensação é única, sonhei tanto com esse dia, talvez por significar uma nova fase na minha vida, uma juventude repleta de conhecimento e campo amplo de crescimento.
Porém, existe alguém a quem realmente devo tudo que acontece e vem acontecendo comigo, Ele não merece ser o primeiro, merece ser meu universo, meu respirar, meu Deus.
O que darei ao Senhor por toda minha gratidão?
Depositarei a minha vida diante do teu altar, farei de mim habitação permanente do Teu Espírito, pois as palavras são poucos, os ouros da terra são limitados, não atingem Tua grandeza.
Lembrei de Ti, nos dias da minha mocidade.
HAHA, que venham muitos e muitos anos, que eu cresça a cada dia e experimente o melhor dessa terra.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Menina dos cabelos dourados, onde vais?
Irei crescer, ser grande, forte o suficiente para  vencer.
Menina de sorriso singelo, o que queres?
Ser reconhecida, ter mérito.
Menina doce, o que fazes aqui?
Sonho, sonho para aliviar a hipocrisia de um mundo materialista, sonho para andar, sonho para viver, sonho para me sentir bem.
E que sonho tens?
Sonhos enormes, chegam a me ultrapassar, gritam de um lugar alto que jamais vou os alcançar, mas até meu sonho se resume em alcançá-los.
E por que teu sorriso é tão belo?
Talvez pelo fato de ser sincero, existe algo mais forte dentro de mim, eu, ás vezes, preciso explodir.
E o que mais irá te encantar?
Me bastaria encontrar o amor pleno, talvez esse precisa existir aqui dentro de mim, por mim.

[Camila Duarte]
Conversávamos em tom suave,
Motrei o que havia de melhor em mim,
Nos encantamos com as trilhas sonoras presentes durante longas conversas,
Juramos não ir embora.

[Camila Duarte]








Perdoai-me

Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Amém.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Corda Bamba

Corda bamba, balança por ali, leva-me aqui, bambeia até cair.
Corda, cordinha, cordão, regenere então meus pesamentos, não me deixes cair naquele vão, eis que sinto-me fraca, mas daqui de cima, vejo a terra superior de um ângulo seguro e adequado a mim.
Trata-me como amiga, não bambeis contra mim, prende meus pés em ti, jura que jamais irás me derrubar.
Escorregadio é o percurso, o alvo é único, chegar em terra firme, antes que o desequilíbrio grite por mim.
Loucura ou sanidade?
Uma corda bamba a enfrentar, um bambeio, até descansar, descansar meu peito, para que ninguém zombe do meu humor.

[Camila Duarte]

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Culpa sua

Posso te falar minha idade, te contar meus sonhos, te falar sobre mim, meus doces e venenosos desejos, com a educação de um ser fraternal e sensível, porém, posso te arrancar os olhos, engoli seus órgãos, te arrancar o sangue, sugar seus neorônios, fazer você delirar de dor e gritar por um socorro que nunca virá.
A dor que sinto hoje, afirmo que jamais será igual a que você sentirá quando isso ocorrer, ponho-me a pensar e tento encontrar o erro.
Erro?
Que erro? Por que erro? Quem errou?
Ah, o errado foi o ser que acreditou que poderia acreditar em você, que sonhou ao teu lado sem gotejar uma dúvida, que te buscou nos mais imundos oceanos e te mostrou o verdadeiro sentido de amar.
Torço para que conheças o antônimo de amor, torço para que sintas metade da minha dor, para que a cada lágrima, tua consciência grite te acusando e mostrando o deslize que você me causou.
Nunca foi meu, nunca se entregou, jamais amou. Até porque não pode amar, o tempo transformou-lhe em uma máquina, máquina de sentimentos inexistentes, de lágrimas geradas por um falso arrependimento.
Mas que bom, bom que sei recomeçar, bom que sei apagar, bom que sei crescer, bom que não quero te ter.
Quando tudo acabar, estarei em minha companhia, olhando em meus olhos, deliciando-me com uma taça de vinho, escutando o mais rasgado jazz e me arrancando gargalhadas por ter me tornado uma grande atriz.

[Camila Duarte]

Carpe Diem

Vamos viver, antes que a velhice consuma nossos sonhos,
antes que nossos desejos sejam modificados pelo tempo.
Vamos sonhar ao som do maracatu ou de uma sinfonia,
vamos correr para o mundo e abraçar a todos como nossos irmãos!
Iremos adiante, todos em um só propósito, viver,
sem vergonha de ser feliz, cantar, dança, pular e ser um eterno aprendiz.
Serei GRANDE, forte e extremamente feliz, você também pode ser!
Cultivaremos sorrisos, implantaremos amor e viveremos a vida!
Vida, vida que tens para nós?
Seja nossa amiga, nos guarde de nós, do nosso orgulho e apego material.
Nos mostre quão belo é o ser que vive sem te interromper!
Façamos de cada dia uma dádiva, suguemos cada segundo de seus minutos, aproveitemos, até que nos faltem sorrisos, até que nos arranquem a alma e nosso espírito apele por dias melhores.


[Camila Duarte]

terça-feira, 20 de julho de 2010

caminhAcoMIGO.



Entre tantas estradas percorridas, entre tantas tantas gargalhadas enquanto o mundo desabava sobre as nossas cabeças, diante de todas as lágrimas derramadas em nossos ombros, vocês são os personagens mais singelos e de participação mais que especial na minha história.
Amigos de épocas distantes, amigos de infância, alguns que nem lembro, mas quando preciso me dão a mão. Amigos de uma hora, amigos de ontem, amigos que formei agora, meio a necessidade de comunicação.
Aqueles que me apoiam, me mostram certas verdades escondidas atrás de mascarados de amigos.
Não são poucos os momentos qe passamos juntos, que construimos cada pedacinho da nossa amizade, não são se tornou insignificante cada palavra dita no escuro, no claro, na dor ou na alegria, não são e jamais se tornarão apenas memórias, é mais que uma simples história, um laço que pode até soltar-se, mas sempre existirá uma fita e dois extremos tentando nos ligar.
AH! Quantas palavras, quantas mãos dadas, quantos abraços bem apertados, e o melhor de todos, os nossos momentos!
AH! os conselhos, nossa, sobre isso já me encheram, me entupiram de tantos que talvez deva a vocês certas situações evitadas.
AH! os sorrisos, forçados, engraçados, crises de riso. Sei que conseguiram me provocar boas lembranças.
Os sérios, os céticos, os atrapalhados, ou tímidos, os atrasados, os que apóiam minhas loucuras, os que me levam a novos horizontes, os que me apresentam seu ciclo social e me transmitem a um mundo até então desconhecido!
Não existe mentira, se quer existe dúvida de que você esteve ao meu lado em algum momento, pequeno ou não, simples ou complexo, complicado ou alegre, sei que te levarei para sempre, por aqui ou por ali, cá dentro do meu coração!

[Camila Duarte]

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Existe uma caixa.A caixa comporta todos os comportamentos descomportados de uma pessoa encaixotada.
Dentro da caixa, existem palavras a serem ditas, pensamentos a serem gerados, emoções a serem sentidas, sentidos a serem levados mais a sério, carícias compostas de afeto mútuo, mas com pitadas de egoísmo. Contudo, a caixa permanece intacta até que esses componentes movam-se a favor ou contra ela.
De quina,são colocados os mais belos sentimentos, para que haja uma falta de facilidade quando resolverem tirá-los de lá.
A caixa é guiada até atingir o maior grau de perfeição diante de todas as outras caixas, guarda em si, a dor de não poder ver o mundo de forma humana e sem mácula. Laços deslumbrantes a enfeitam, em um papel duradouro, é envolvida, dentro de uma outra caixa é colocada, o que chega a sufocá-la.
Seu exterior é o mais belo de todos, por onde passa quer ser levada, quer seja como presente, quer seja como uso pessoal, ou então como um simples objeto de decoração. Frustrante será quando a caixa abrir e ver o que há de encontrar!


[Camila Duarte]


 Cada um fez o que pôde diante do que sentia, por isso desaprendi aquele apego que eu tinha a nossa história, à importância da tua companhia, tuas coisas eu não sei se deixo naquele endereço ou te devolvo pessoalmente e peço inda o reembolso, um último abraço... Hesito em devolver as tuas coisas pra não ter que me despedir do teu olhar novamente.
Porque você me fez dormir no melhor abraço noturno que alguém me deu e depois deixou meus braços órfãos.
Tentou me convencer que estava tudo bem entre nós quando meu coração estava intranqüilo e parou de me ouvir em algum momento em que continuei falando, perdendo a parte mais importante da história.(E eu fiquei sozinho quando você ainda estava ao meu lado)...
Tirou o livro do meu colo pra deitar sua cabeça e absorveu do meu cafuné o melhor calor que havia em mim, mas não me devolveu a paz que eu encontrava na literatura.
Visitou a minha casa, preencheu o lado esquerdo da minha cama e foi embora em algum momento sem se despedir, enchendo de palavras tristes a estrofe do meu poema incompleto.

[Marla de Queiroz]

Enquanto houve ânimo.