Que amor, onde estavas que apenas eu achei?
A reza constante é um pedido crucial: leva para longe quem um dia desejei está bem perto. E assim acontece, como o vento suave tocando meu corpo, se vai. Vai, não deixes as pegadas para que não te sigas.
Houve mentira, houve dor, houve lágrima, houve silêncio e melancolia.
Houve sorriso, houve uma paixão entorpecedora, houve afago, deram-se as mãos e acolheram-se em abraços.
Fiz do amor minha companhia matinal, era ele quem me acordava e me chamava a um novo amanhecer.Com ele, compartilhei os delicados orvalhos depositados em minha janela, ao som de um leve um piano delirei até atingir o mais puro acordar. Refiz uma estrada destruída por alguns, que ao passar deixaram a estrada desgastada e sem possibilidae de acesso.
Ao léo, como se nada tivesse acontecido, como se jamais tivesse existido, o amor se foi.
Foi embora, para longe, talvez o encontre em uma casa abandonada meio a um pântano escuro e sombrio, com suas cores a iluminar o lugar.
És tão belo amor, tuas cores me encantam, quando apenas recito teu nome, são gerados arrepios, um gelo me toma, meu ser canta e vibra ao lembrar que ainda existes.
Para quê tanta formalidade?
Se conheço o amor, ele se apresentou de forma simples, pegou minhas mãos, convidou-me a voar, sobrevoamos tudo que havia sobre a terra, me falou palavras tão puras e na inocência de uma criança, acreditei. E por que não haveria de acreditar, se até comigo soube voar?
Ao som de uma sinfonia, nos deliciamos em uma dança, nossos corpos abraçados, tão colados quanto o mar e o horizonte, nos fizeram enxergar quão doce era amar.
Ah, amor, quantos suspiros irás me arrancar?
Tens cheiro de flores, toque de algodão, abraço cuidadoso e olhar, que olhar...
Ele sim me faz delirar, consigo decifrar cada parte dele e até teu pensamento alcançar.
Faça-se assim, reapresente-se a mim.
[Camila Duarte]
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