domingo, 26 de setembro de 2010

"Sobre os jardins que quero caminhar ao teu lado."


E o amor, me leva à jardins desconhecidos, floridos, coloridos e enormes.
Juntos, caminhamos meio aos labirintos, sussuramos segredos secretíssimos, pedimos sanidade, talvez seja isso que nos falte.

[Camila Duarte]

domingo, 19 de setembro de 2010

"Sobre os avisos de um Zé."


É, Zé, esse tal de amor não dar pra mim, não.
Talvez tenha sido a última vez que o avistei, mas valeu a pena, viu, Zé?!
Ele tava tão lindo, com um abraço tão apertado, mas seu coração tava tão longe quanto o Alaska.
Será que eu não consigo mesmo entender quando é amor, Zé? Você conhece esse lance de amar sem cuidar?
Ai,Zé, mas o que vale e que sorrisos foram arrancados, o que me deixa feliz, sabe, é saber que a cada manhã minha melancolia se renova.
Por falar em melancolia, ai como ela tem incomodado cá dentro. Arranque de mim essa dor, Zé, me arranque a dor da despedida, do adeus forçado, do segundo sol mal amado.
Não deixe que eu me vá, Zé, te peço por mim, imploro por nós.
Que não reste apenas afeição, aperto de mão.

[Camila Duarte]

terça-feira, 14 de setembro de 2010

"Sobre o que tem me consumido, aquilo que não tem me arrancado sorrisos, levado meu brilho."






"...Que minha solidão me sirva de companhia.
Que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo. "
[Clarice Lispector]



 

Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.
[Clarice Lispector]
É que tenho caminhado por estradas que não me inspiram, a cada passo que dou nelas,deixo migalhas pelo chão do que há de melhor em mim, nem sei bem para que tenho caminhado, talvez precise reorganizar meus passos, provavelmente, trilharei novas estradas, acredito está cansada.
As palavras me possuem, porém, não fluem.
[Camila Duarte]

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cobro tanto um final feliz, esqueço que se aceitei o começo, me senti feliz.
[Camila Duarte]

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

E, meu coração berrou.



Parece que foi ontem, a primeira vez que ele bateu o pé e berrou o que queria. Se declarou, descarregou, tudo aquilo que o consumia.
Foi naquela manhã, que nem sabíamos o que previa o dia, mas ele estava ali, pulsando, querendo explodir!
Como um ser pequeno, bateu o pé, foi tão mal criado e ao mesmo tempo cortês, a ponto de sua projeção lhe entender.
E ele berrou, berrou tudinho, me entregou, isso era segredo nosso, mas ele não suportou tanto amor guardado.
Tenho que conviver com esse coração rebelde, que não faz o que eu mando, tão bobo quanto a dona.
Quem mandou você bater o pé, coração?
-AH, minha dona, sei que querias isso, finges a todos, mas a mim não enganas!
Quer isso, coração? Não me difame!
-Isso não é isso, para que tanta complicação, se tens guardado algo tão lindo, aqui, me deixe falar, já vou explodir, deixa ele saber quão grande é o seu amor, vai que o dele também se entregue a ti?!

[Camila Duarte]